Classificados

VÍDEOS

Saudoso Tachinha e seu Ford 29 - entrevista de 2008 - por Ricardo Alves (Cacá)
Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

CARTA DO LEITOR

05/09/2015

“Jeitinho brasileiro de ser” ou estar???

Sou brasileiro mas não posso dizer que estou brasileiro.
Meu nome é Wesley, tenho 32 anos classe média baixa, mas tenho bom gosto, o que pode ser facilmente confundido com situação financeira favorável.
Ao longo desses anos que vivi na cidade que amo (Penápolis) percebi a decadência moral e social no qual nos submetemos a razão do “ser e estar”.
Em meados dos anos 80 estudava no ‘CCM’ e morava perto do extinto mercado ‘Casa Moreira’, sempre fui a pé pela avenida Olsen (antes duas mãos) com 6 anos minha preocupação era não aceitar Mentex de estranhos pois poderia haver drogas introduzidas nas balas ou até mesmo chupar a Soft engasgar e morrer, meu filho com 7 anos não se dá ao luxo de fazer ¼ deste trecho desacompanhado.
Bons tempos no qual o Mentex e a Soft eram preocupações, o absurdo ainda era absurdo, os carros custavam o que valiam e a inflação era motivo de desespero, comprar uma casa era um bom investimento, e não uma chance de aposentadoria.
No jeito brasileiro de Estar (não de Ser) encontramos uma sociedade competindo por algum motivo no qual desconhecem, chegar antes, pagar barato, vender caro, beber mais, ser mais forte, mostrar mais do que tem, tentar ser mais do que é, nossas faixas de pedestre nunca funcionaram, experimente andar com uma criança no colo em uma sexta-feira a tarde, não vai obter a desejada travessia, enquanto em alguns países se tocar a faixa de pedestre com alguém em travessia 10 mil dólares de multa se não houver atropelamento.
Destruímos uns aos outros quando um partido enriquece ilicitamente (PT ou PSDB) destrói uma nação e nos contentamos com o famoso “rouba mas faz”, Lula, Dilma, Aécio, FHC todos estes nunca atravessaram o semáforo da Ramalho Franco com Luís Osório, não ouviram os problemas de sua cidade, não viram se acabou o gesso no hospital por falta de verba Federal, e desse lado aqui estamos nós nos agredindo em meios sociais, clubes, bares e restaurantes para defender o indefensável.
No jeito brasileiro de Ser sempre vejo um povo que ainda quer saber se você esta bem caso esteja chorando sem motivos, ainda consigo ver pessoas se abraçando e outros procurando emprego, longe daqui temos saudade de olhar para as mesmas pessoas que lutam dia a dia honestamente, e se a honestidade tivesse força não deveriamos nos preocupar com a economia municipal, por exemplo nossas casas que custaram R$ 80 mil para construir não precisaria ser vendida por R$ 500 mil, caso a honestidade fosse normal e não artigo de luxo para e contar na TV, se achar mil reais em uma carteira nada mais normal que devolver sem precisar ser comissionado. E eu ainda acredito nessa cidade, no país talvez não, pois eu sou Brasileiro, não estou brasileiro, e Sou e Estou Penapolense acredito no hoje, sempre acreditei no ontem, precisamos uns dos outros para acreditar no amanhã.

Wesley Melles, por e-mail

Envie seu artigo para o "Carta do Leitor"

Envie-nos, através do e-mail carta@diariodepenapolis.com.br sua mensagem com críticas, sugestões ou para discutir algum assunto de interesse público. A mensagem deverá conter seu nome completo, RG e endereço de e-mail válido.

© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade