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CARTA DO LEITOR
04/06/2015
“RECORDAR É VIVER”
Um ditado popular, muito usado, quando revolvemos nossas memórias adentrando na imensidão das profundezas de nosso imo, trazendo como no retrocesso de uma fita para podermos nos deleitar de momentos auspiciosos de um passado que nunca voltará a não ser assim desta forma. Foi o que fez o autor de “MUNDO MODERNO”, Sr. Virgílio Melhado Passoni um saudosista na acepção da palavra que quis mostrar as diferenças de tempos vividos com o tempo em que vivemos. A narração do autor, trouxe-nos muitas lembranças significativas e gratificantes que ficaram gravadas e que quando delas nos lembramos nos enchemos de muita alegria e saudades. O rádio, quando na zona rural, era ativado através de pilhas grandes e talvez por isso era de dimensões avantajada, o meu pai tinha um rádio pequeno ativado na eletricidade, que durante o dia ficava no botequinho para entretenimento dos fregueses, sintonizada na ZYR-33 Rádio Difusora de Penápolis, no famoso programa “Lembrança Musical”, e às 18h00 “A Hora do Ângelus”. Às 8h00, 13h00 e 20h00 era sagrado com o “Repórter Esso”, que trazia as notícias do Brasil e do mundo. À noite o rádio ia para a audição da família toda, com programas executados pelas rádios do Rio de Janeiro que melhor eram captadas por aqui, como a Rádio Nacional, Tupi, Tamoio e Mairinki Veiga e entre as estáticas, chiados e os altos e baixos da sintonia que hora sumia e hora aparecia, ouvíamos Jararaca e Ratinho, Alvarenga e Ranchinho e programas hilariantes como “Balança mais não Cai” com alguns personagens como Zé Trindade, Oscarito, Grande Otelo, Primo Rico e Primo Pobre e etc. Descascar espigas de milho, para utilizar as palhas no enchimento de colchões com tecido de Chitão com uma abertura no meio para fazer a colocação das palhas, que as donas de casa faziam com uma maestria, que os mesmo ficavam bem avolumados e arrumados que dava até dó em desfazer, se eram macios, eu digo que eram práticos mas desconfortáveis, deitei-me por várias vezes em cima para o devido repouso e como um menino de família humilde não tinha que reclamar, apenas os patriarcas da casa, devido ao estalar das palhas secas usavam de habilidades essenciais para que o resto da casa não ouvissem os suspiros de momentos íntimos. Conservação de alimentos, carne de porco em latas de banha, defumação de carnes e etc. Precederam as geladeiras e frezers, cada um tinha as suas formas de conservar alimentos e resfriar bebidas, muitos colocavam no riacho e outros como meu saudoso sogro, que não tinha geladeira, nem barras de gelo, em dias de tempos festivos, enterrava as garrafas de refrigerantes e cervejas para resfriá-las, e todos bebiam e não achavam ruim. Baldes, sarilhos, cisternas, hoje bombas modernas puxam a água do subsolo sem esforço algum, ar condicionado, ventiladores nada disso existia. Nas noites de intenso calor, abria-se as janelas para a entrada de ar fresco. Chuveiros elétricos, um luxo, o que mais havia eram chuveiros de forca ou quanto muito bacias com água temperada. Enfim, a modernidade contou com os intensos avanços principalmente da eletricidade que hoje em virtude dos altos aumentos das tarifas muito destes aparelhos terão que ser aposentados, ou ficaremos a mercê de déficit em nossos controles financeiros. Meu caro amigo Sr. Virgílio, vivemos em uma época bem diferente e bem aquém desta que estamos vivendo, as dificuldades eram aceitas pela alegria sem medo de viver, sem nos protegermos de cercas elétricas, arames com farpas, câmaras de segurança, alarmes, seguros dos bens e obviamente com os maiores cuidados com nossas próprias vidas. Fazer o que, são os tempos modernos!
José Maria do Valle, Penápolis/SP, por e-mail
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