15/05/2015

O PASSADO NO PRESENTE 
Recordo-me do meu tempo de infância na década de 1.950 no Bairro do Araponga Município de Penápolis (SP) onde a “vidinha” pacata prevalecia. Naquele tempo mesmo sem nenhum luxo, até por que pouco ou nada havia de sofisticado principalmente para nos que morávamos na roça. Havia muita fartura de frutas, legumes, leite e seus derivados até por que aquela fartura eram provenientes do nosso trabalho. Levantávamos bem cedo para ir pro roçado, muitas vezes com os pés descalços ou no máximo com uma alpargata roda, que na época era um calçado moderno. Entre as vizinhanças reinava a paz e a amizade. Se alguém por qualquer motivo necessitasse de ajuda todos estavam dispostos a ajudar uns aos outros independentemente se a ajuda, fosse para arrumar um comprimido de cibalena para dores de cabeça, ou fosse sementes de milho, feijão ou arroz que após a colheita lhe era devolvido em dobro. Naquela época, tanto na roça como na cidade a paz reinava literalmente. Dificilmente se ouvia dizer que tivesse ocorrido qualquer tipo de crime ou roubo, assaltos há mão armada não existia. Hoje percebemos as grandes mudanças que ocorreram no mundo muitas vezes nos assusta. O mundo está tão violento que se tornou quase impossível sobreviver com o mínimo de tranquilidade. Hoje na maioria das casas além de grades reforçadas são necessário cercas elétricas, câmaras para monitorar as dependências das casas. Confesso que fico indignado ao lembrar da tranquilidade que existia na minha querida Penápolis e hoje quando desfolho as páginas do jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS observo que parte das páginas do jornal estão preenchidas com notícias de assalto, roubos, latrocínios e assassinatos e o que é pior, esse tipo de notícias não são vistas somente no DIÁRIO como em todos os jornais do nosso querido Brasil. 

Virgílio Melhado Passoni, Jandaia do Sul/PR, por e-mail