19/04/2015

As Águas Do Meu Riacho...

Que Correm Dia E Noite 
Correm No Sol, Correm Na Lua
Correm Mansa No Meio Da Rua
Durante O Dia, Muito Clara, Transparente
E De Forma Aparente
Obedece Um Caminho Planejado
Serpenteando, Lado A Lado
Em Direção Ao Ribeirão Lajeado

À Noite  Em Suas Aguas Sombrias E Até 
Geladas
Refeletem O Luar  Com Formas Prateadas
Avançam Uma Após As Outras
Em Uma Pressa Acelerada
Vão Descendo, Vão Descendo
Se  Arrastam, E No Seu Rebojo  De Incertezas
Vão Levando  As Tristezas 
De Quem Fita As Suas Belezas

Levam Até Mesmo As Alegrias
De Quem Com Certa Melancolia
Definham Em Agonia 
Aos  Que A  Poluem  Em Desarmonia

Não Me Olham E Nem Me Veem 
Nenhum Um Cumprimento Me Faz
Nem Bom Dia, Nem Boa Noite  
Nem Mesmo Um Oi Fútil E Fugaz 

Cumprem Um Destino Secular
Arrastar As Sujeiras Mundanas ,
Atiradas De Maneira  Insana
Contra A Sua Correnteza, 
Sua Pureza,
Sua Delicadeza,
E Sua Realeza

São As Aguas Do Meu Riacho De Felicidade
São As Águas Da Minha Eterna Cidade 
São As Águas Dos Meus Anos De Vida, Da Minha Idade
São As Águas Dos Meus Olhos De Saudade
Aguas Da Minha Esperança
Dos Meus Sonhos De Criança
Das Boas Aventuranças 
Que Ficarão Pra Sempre Em Nossa Lembrança

São As Águas Da Minha Cidade Amada
Desta Cidade Encantada
 Aconchegante  E Rica
Que Quem A Conhece Por Aqui Fica
Pois É Assim Que Te Sinto E Acho
São As Aguas Do Meu Ribeirão Maria Chica
Águas Do Meu Querido Riacho

José Maria do Valle - Penápolis/SP, por e-mail