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05/11/2024
Música Sertaneja: Zé Carreiro e Carreirinho
Amigo amante da música sertaneja hoje vamos conhecer um pouco da história da Zé Carreiro e Carreirinho que foram consagrados como Os Maiores Violeiros do Brasil.
Lucio Rodrigues de Souza, o ZÉ CARREIRO, nasceu no dia 24 de dezembro de 1922, numa fazenda que fazia divisa com Santa Rita do Passa Quatro.
No final da década de 1940, depois de cantar em diversas duplas, conheceu Adauto Ezequiel (Carreirinho), natural de Bofete, formando a dupla que foi batizada pelo compositor Armando Rosas com o nome Zé Carreiro e Carreirinho.
No dia 5 de julho de 1950, a dupla estava nos estúdios da gravadora Continental, para as duas primeiras gravações em disco (bolachão) de 78 rpm, com as músicas Canoeiro (cururu) e Ferreirinha (moda de viola), com grande sucesso.
Zé Carreiro e Carreirinho fizeram apresentações em circos, bailes, shows, rádios de todo o Brasil e seguiram outras gravações em disco, até 1958, quando se separaram.
Durante um ano, Zé Carreiro fez parceria com Pardinho, que em 1959 fez dupla com Tião Carreiro. Nesse ínterim, Carreirinho fez dupla com Tião Carreiro.
No dia 21 de maio de 1970, Lucio Rodrigues de Souza faleceu na cidade de São Paulo.
Zé Carreiro gravou mais de 50 discos de 78 rpm, alguns LPs e dois compactos.
Devido a problemas de surdez e nas cordas vocais, teve dificuldade para continuar gravando, entretanto sua inspiração não esmoreceu.
CARREIRINHO (Adauto Ezequiel), nasceu em 1921 na pequena Bofete, interior de São Paulo, aos sete anos cantou uma modinha de sua autoria numa comemoração escolar de fim de ano, recebendo de presente uma viola. A partir de então, passou a apresentar-se em festinhas, cantando e tocando.
Em 1946 estreou profissionalmente ao lado de Ferraz, atuando nos circos que passavam pela cidade de Sorocaba SP. Seguiu depois para São Paulo SP, onde se apresentou na Rádio América.
Mais tarde, transferiu-se para a Rádio Record, ali atuando com novo parceiro, o investigador de polícia José Stramandinoli (Zé Pinhão), com quem formou a dupla Zé Pinhão e Pinheiro, que passou a participar do programa Sítio do Bicho-de-Pé até 1947, ano em que se separaram.
Em 1947, Adauto propôs parceria a Lúcio Rodrigues, que cantava com Fortaleza. Formaram então uma dupla cujo nome foi escolhido em concurso popular entre os ouvintes da Rádio Record: Zé Carreiro(Lúcio) e Carreirinho (Adauto).
Alguns anos depois quando a dupla já estava ficando conhecida e fazia sucesso em todas as suas apresentações com o Canoeiro, Tonico e Tinoco gostaram da musica e se interessaram em gravá-la.
Surgiu então a oportunidade para gravarem seu primeiro disco, pois somente consentiram em ceder a música, mediante a promessa do lançamento do seu primeiro disco, que saiu alguns meses depois com Canoeiro e Ferreirinha; o sucesso foi tão grande que a gravadora resolveu contratá-los.
A história de Carreirinho mistura-se com a história da música sertaneja-raíz, com a história da moda-de-viola e das duplas caipiras. Carreirinho, hoje com 77 anos de idade, tem 1.680 músicas, de sua autoria, gravadas. Sempre foi, e ainda é, ao lado de Raul Torres, Serrinha, Tinoco e Zé da Estrada, considerado uma das melhores primeira-voz do Brasil.
Depois de Zé Carreiro mais quatro duplas se formaram com Carreirinho. Tião Carreiro, durou quatro anos e gravaram dez discos 78 rpm e um LP. Zita Carreiro, durou 16 anos e gravaram 12 LP’s, dois compactos duplos e um compacto simples. Zé Matão, durou cinco anos e gravaram cinco LP’s.
Entre suas principais músicas, está “Ferreirinha” - a crônica de um peão que procurava seu amigo desaparecido depois de sair para tocar uma boiada. O encontrou morto e fez um malabarismo para levá-lo para um enterro decente.
Outro marco de sua carreira foi a moda “Canoeiro”, um causo de pescaria de final de semana. A toada ficou marcada na memória de quase todos que têm mais de 40 anos de vida e apreciam a música raiz.
Amigos semana que vem tem mais sobre a nossa musica brasileira, grande abraço.
(*) LUIZ HENRIQUE PELÍCIA (Caipirão) tem o programa “Clube do Caipirão” transmitido para mais de 450 rádios em todo o Brasil diariamente. Apresenta de segunda a sábado das 04h às 08h da manhã o programa “Diário no Campo” pela FM DIÁRIO 89,9 de São José do Rio Preto/SP. Caipirão escreve às terças-feiras para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS.
Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)
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