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ARTIGOS

24/09/2024

Música Sertaneja: Os Dois Mineiros

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia

Amigo amante da música sertaneja, hoje bem resumidamente escrevo um pouquinho sobre “A Dupla dos Carreiros”, Os Dois Mineiros.
Antero de Souza Lima nasceu em Itanhomi, no estado de Minas Gerais, em 28 de outubro de 1945 e Almezino de Souza Lima nasceu em 26 de outubro de 1962, também em Itanhomi, na Região do Vale do Rio Doce, Leste de Minas Gerais.
Os irmãos tiveram uma infância humilde e cheia de muitas dificuldades com altos e baixos como a de todos os jovens que nasceram na Zona Rural: sem televisão, sem internet e sem celular. Somente um rádio de pilha era o guia para buscar o gosto pela música caipira.
Na década de 70, o circo nas cidades brasileiras, eram as atrações do povão e uma fonte de renda para muitos artistas. O circo, além de gerar trabalho trazia alegria para os amantes dos espetáculos.
Em 1987 aproximadamente, Almezino mudou-se para São Paulo, na região de Jandira, cidade um pouco fora da capital paulista. Ele foi morar na casa do irmão Antero, que na ocasião estava sem parceiro definido. Em pouco tempo depois, formou dupla com seu irmão Antero.
Os dois foram num programa de auditório da ABAS, dirigido pelo animador Fusco Neto em Osasco/SP, onde cantaram pela primeira vez para uma platéia amante da música sertaneja e foram batizados com nome de “Os Dois Mineiros”.
A dupla inicia-se cantando nas rádios Difusora de Osasco, na Tupi e tantas outras de programas do gênero sertanejo, além de centenas de entrevistas ao vivo. Os Dois Mineiros apresentaram também em vários programas de TVs, como Programa da Eliane Camargo, Programa do Bolinha, Viola Minha Viola e Terra da Padroeira.
Gravaram o primeiro trabalho discográfico pela Gravadora Chororó intitulado “Casa da Colina”. Depois passaram a gravar pela Gravadora Tocantins, e já estão no décimo trabalho da dupla.
Antero adquire a Gravadora Tocantins da dupla Liu e Léu, os irmãos de Zico e Zeca, primos também de Vieira e Vieirinha. Dizem os entendidos que a música está no sangue e aí está a prova. Na família dos Dois Mineiros também tem música no sangue. O avô Hilio Nunes de Morais, tocava Pistom, um instrumento de sopro e fazia parte da Banda de música de Bom Jesus do Galho/MG. Seu tio José Nunes dos Reis, o Juquinha do Hilio, tocava sanfona Oito Baixos e fazia a poeira levantar nos pagodes da região do Jataí. Outro tio, Ciro Nunes de Morais, tocava cavaquinho e violão.
Os Dois Mineiros são agora artistas permanentes da Gravadora Tocantins.
No lançamento do sétimo CD no Jubileu do Jataí, deu-se início as gravações para o primeiro DVD - “Documentário” - da dupla com os seguintes participantes: Pedro Bento e Zé da Estrada, Liu e Léu, Abel e Caim, Tenório e Praense, Tony Gomide e Maracaí.
Residem atualmente em Jandira-SP. 
Semana Que vem tem mais histórias e curiosidades da nossa música sertaneja. Abração.

(*) LUIZ HENRIQUE PELÍCIA (Caipirão) tem o programa “Clube do Caipirão” transmitido para mais de 450 rádios em todo o Brasil diariamente. Apresenta de segunda a sábado das 04h às 08h da manhã o programa “Diário no Campo” pela FM DIÁRIO 89,9 de São José do Rio Preto/SP. Caipirão escreve às terças-feiras para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS.

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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