Classificados

VÍDEOS

Penápolis no programa Cidade contra Cidade do SBT em 1989
Saudoso Tachinha e seu Ford 29 - entrevista de 2008 - por Ricardo Alves (Cacá)

CLIMA

Tempo Penápolis

fale com o DIÁRIO

Fone Atendimento ao assinante & comercial:
+55 (18) 3652.4593
Endereço Redação e Comercial: Rua Altino Vaz de Mello, 526 - Centro - CEP 16300-035 - Penápolis SP - Brasil
Email Redação: redacao@diariodepenapolis.com.br
Assuntos gerais: info@diariodepenapolis.com.br

ARTIGOS

30/07/2024

Música Sertaneja: O tropeirismo

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia

Amigos amantes da música sertaneja hoje vamos conhecer um pouco do tropeirismo e algumas curiosidades deste negócio que ajudou no desenvolvimento de grande parte do nosso interior brasileiro. Sua herança no país desenvolveu a economia e criou dezenas de cidades.
A palavra "tropeiro" deriva de tropa, numa referência ao conjunto de homens que transportavam gado e mercadorias no Brasil colônia. O termo tem sido usado para designar principalmente o transporte de gado da região do Rio Grande do Sul até os mercados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. O tropeirismo foi um ciclo de grande importância para a economia e a fixação do homem no interior do Brasil, tanto quanto os ciclos do café, da cana-de-açúcar, do ouro, da borracha entre outros.
 O tropeiro iniciava na profissão por volta dos 10 anos, acompanhando o pai, que era o negociante (compra e venda de animais) e o condutor da tropa. Usava chapelão de feltro cinza ou marrom, de abas viradas, camisa de cor similar ao chapéu de pano forte, manta ou beata com uma abertura no centro, jogada sobre o ombro, botas de couro flexível que chegavam até o meio da coxa para proteger-se nos terrenos alagados e matas. O tropeiro montava um cavalo que possuía sacola para guardar a capa, a sela apetrechada, suspendia-se em pesados estribos e enfeitava a crina com fitas. Chamavam "madrinha" a égua ou mula já envelhecida e bastante conhecida dos outros animais, que era a cabeça da tropa e abria o percurso, com a fila de cargueiros à sua retaguarda; "malotagem" eram os apetrechos e arreios necessários de cada animal e acondicionamento da carga; e "broaca" os baus de couro que eram colocados sobre a cangalha e serviam para guardar a mercadoria.
 
Em torno dessa atividade primitiva nasceram várias profissões e indústrias organizadas, como a de "rancheiro", proprietários de "rancho" ou alojamento em que pousavam as tropas. Geralmente a hospedagem não era retribuída, cobrando o seu proprietário apenas o milho e o pasto consumidos pelos animais, porque as tropas conduziam cozinhas próprias. 
A profissão de ferrador também foi criada pelas necessidades desse fenômeno econômico-social, consistindo ela em pregar as ferraduras nos animais das tropas e acumulando geralmente a profissão de veterinário. A incumbência de domar os animais ainda chucros era também uma decorrência do regime de transportes e chamavam-se "paulistas", porque conduziam ao destino os animais adquiridos em Sorocaba. No norte de Minas, "paulista", "peão" e "amontador" eram sinônimos, mas tinham significação específica. Assim, "paulista" era o indivíduo que amansava as bestas à maneira dos peões de São Paulo. Peão era todo amansador de eqüinos e muares à moda do sertão, e amontador era apenas o que montava animais bravios para efeito de quebrar-lhes o ardor. Depois é que vinha o "acertador", homem hábil e paciente, que ensinava as andaduras ao animal e educava-lhe a boca ao contato do freio. Essa era a mais nobre de todas.
Muitas letras de música sertanejas de raiz, estórias, histórias e lendas relacionadas ao transporte de gado e mulas fazem sucesso até hoje. Nos rodeios os tropeiros são fundamentais para a realização e qualidade das festas do peão.

Festa
Dia 25 de agosto estaremos realizando 8º Festa dos Tropeiros, no bairro rural Saltinho do Galinari, com cavalgada, almoço tropeiro, dança de catira, toque do berrante, encontro de comitivas de cavaleiros e muladeiros de toda a região e shows de música sertaneja raiz durante toda a tarde inclusive com a apresentação da dupla Roberto & Meirinho. Informações (18) 9.9643-1387. Bora lá...
Semana que vem tem mais curiosidades e histórias da nossa cultura brasileira, grande abraço.

(*) LUIZ HENRIQUE PELÍCIA (Caipirão) tem o programa “Clube do Caipirão” transmitido para mais de 450 rádios em todo o Brasil diariamente. Apresenta de segunda a sábado das 04h às 08h da manhã o programa “Diário no Campo” pela FM DIÁRIO 89,9 de São José do Rio Preto/SP. Caipirão escreve às terças-feiras para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS.

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



© Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.

Política de Privacidade