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ARTIGOS

15/06/2024

Carl G. Jung e o Inconsciente

Imagem/Arquivo Pessoal
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Carl G. Jung foi um psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica. Juntamente com Sigmund Freud, criador (pai) da psicanálise, foi um dos mais respeitados pensadores do seu tempo. Jung criou conceitos psicológicos relacionados a ideias de inconsciente coletivo, arquétipos e sincronicidade. No livro “O Homem e seus Símbolos”, ele aborda sobre o inconsciente, símbolos e sonhos, explicando que ideias criadoras podem surgir do inconsciente. Jung dá o exemplo do filósofo francês Descartes, que numa experiência “mística” vira, num clarão, “a ordem de todas as ciências”, e do escritor inglês Robert Louis Stevenson, que num sonho lhe foi revelado o enredo de O médico e o monstro, um clássico, sobre a dupla natureza do homem. Para Jung, os sonhos funcionam como um elemento de compensação. Diz ele: “A função geral dos sonhos é tentar restabelecer a nossa balança psicológica ...”. Por exemplo, se temos no consciente – realidade – uma vivência ruim, como uma doença, o sonho, para compensar ou equilibrar, pode trazer algo relacionado à boa saúde. “Ser íntimo de Napoleão e dar-se muito bem com Alexandre, o Grande, é exatamente o tipo de fantasia produzido por um complexo de inferioridade”, diz Jung, referindo-se ao sonho. Ele define a intuição como um fenômeno irracional, por depender de estímulos objetivos de causas físicas e não mentais. O fato de dois indivíduos terem o mesmo sonho, diz Jung, é algo comum para a psicologia, mas os sonhos, ainda assim, devem ser interpretados de maneira diferente para cada pessoa. O filósofo definiu “arquétipo” como uma tendência instintiva, “tão marcada como o impulso das aves para fazer seu ninho e o das formigas para se organizarem em colônias”. A genialidade de pessoas com ideias revolucionárias, inclusive, crianças, teriam explicação nos “arquétipos”, que seriam experiências adquiridas por ancestrais, primitivos, inclusive. Jung diz que: “O homem moderno é, na verdade, uma curiosa mistura de características adquiridas ao longo de uma evolução mental milenária”. A esse “fenômeno” da mente, ele dá o nome de “inconsciente coletivo” (de toda a humanidade, desde que o homem surgiu). Jung também aborda nesse livro sobre o papel dos símbolos, como uma forma de o homem dar sentido à vida, em especial dos símbolos religiosos. Ele distingue símbolos naturais – conteúdos inconscientes da psique, dos culturais – imagens conscientes coletivas aceitas pelas sociedades civilizadas. Jung esclarece que existem regiões da mente, onde são produzidos os sonhos, que ainda continuam inexploradas. Enfim, esse pensador enfatizou que a psicologia é a única ciência que precisa levar em conta o sentimento, “pois ele é o elemento de ligação entre as ocorrências físicas e a vida”. Em meio a tanta ignorância, Jung trouxe conhecimento e reflexão. 

 

(*) Adelmo Pinho é promotor de Justiça do Tribunal do Júri em Araçatuba/SP. Este articulista escreve periodicamente para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS. E-mail: adelmopinho@terra.com.br

Adelmo Pinho (*)



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