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ARTIGOS
25/05/2024
Antropocentrismo versus Teocentrismo

O homem é o fim ou destinatário de tudo? O antropocentrismo é uma concepção filosófica que coloca o ser humano como centro do universo. O Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci é uma representação dessa ideia, de apresentar o corpo humano com proporções harmônicas e ideais perante o universo. Colocar o ser humano no centro de tudo, além de ser arrogante, afasta a possibilidade do Divino. Para o teocentrismo, Deus é o centro do universo. A pergunta de todo o sempre, é: Deus existe? Penso que, melhor que exigir prova de que Deus realmente exista, é provar que ele não existe. Se cada humano refletisse por um minuto na sua curta existência, daria conta do quanto é insignificante perante a vastidão do universo e do tempo. O que difere o ser humano de uma ameba é a inteligência (racionalidade). Ser inteligente, porém, não significa colocar-se no centro de tudo. Sob a visão da fé, o homem é um “grão de areia” na grande “praia” da Divindade. A efemeridade dos seres vivos é um fato biológico: tudo que vive morre. Grandes reis, profetas, sábios, filósofos, santos e mártires morreram ... Na atualidade, como menciona Yuval Harari, no best-seller internacional Sapiens, alguns bilionários excêntricos investem milhões de dólares, com a pretensão de a ciência tornar o homem imortal. Nada contra a evolução da ciência e do aumento da longevidade, mas a busca da imortalidade é coisa de filme de ficção científica. No “campo da fé”, se o ser humano foi realmente criado à imagem e semelhança do Criador, como prega a doutrina judaico-cristã, terá que progredir muito para chegar lá ... A arrogância humana mostra-se ilimitada e seus atos de crueldade, também: guerras, genocídios, descriminação, são “a bola da vez”. Temos só coisa ruim? Não, certamente. Dou um exemplo atual de boa ação: a ajuda humanitária às vítimas das enchentes no Estado do Rio Grande do Sul, é uma demonstração de esperança e humanização. Mas, mesmo nesse caso, certamente houve a ação/omissão humana que gerou essa catástrofe, já que a natureza responde na proporção em que é provocada. Enfim, neste mundo de seres imperfeitos, enquanto cada um pensar que é superior ao outro, não haverá evolução. Enquanto o “ter” for mais prestigiado que o “ser”, não haverá progresso moral. Enquanto perdurar a insensibilidade e a indiferença, diante de tantas desgraças e vidas inocentes tiradas, abala-se a esperança de um futuro melhor para a humanidade. Como já dito: “O homem é o lobo do homem”.
(*) Adelmo Pinho é promotor de Justiça do Tribunal do Júri em Araçatuba/SP. Este articulista escreve periodicamente para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS. E-mail: adelmopinho@terra.com.br
Adelmo Pinho (*)
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