26/05/2023

A bola de capotão

Na padaria havia uma lousa onde o proprietário escrevia à giz a classificação dos clubes do campeonato paulista. Era espanhol, mas corinthiano roxo.
A cada quatro anos havia o campeonato brasileiro entre as seleções estaduais.
Tínhamos, nos Estados, as divisões – 1ª divisão com os grandes clubes, a 2ª divisão que era a ponte de acesso à 1ª divisão.
Ao lado tínhamos os clubes amadores e times dos meninos que jogavam descalços.
As bolas eram fechadas com uma costura de tiras de couros. Eram enchidas através de um bico amarrado e enfiado para dentro.
Os clubes amadores geralmente disputavam torneios regionais ou jogos amistosos.
Cada jogador tinha até a sua chuteira. Dos times de meninos que jogavam descalços saíam muitos jogadores profissionais.
De Promissão, do time esplanada saiu o Walter que jogou na Ferroviária de Araraquara, Guarani de Campinas, São Paulo e River Plate, da Argentina.
Hoje temos tantos campeonatos altamente profissionais que mataram até[...]

Vanir Cavicchioli (*)