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ARTIGOS
04/05/2023
O mito da caverna de Platão

Mito da Caverna é uma alegoria contida na obra A República de Platão. A ideia principal dessa famosa metáfora é ensinar ao ser humano como se libertar da escuridão da ignorância, utilizando-se da luz da verdade ou da razão. A alegoria descreve prisioneiros acorrentados numa caverna subterrânea, simbolizando pessoas comuns presas desde o nascimento, as quais nada conhecem sobre o mundo, além dessa realidade de reclusão. Os prisioneiros não conseguem visualizar nada além da caverna, enxergando somente nela, sombras projetadas por uma fogueira. Imagine-se num contexto como esse, que certa feita um dos prisioneiros consiga sair da caverna e ver o mundo fora dela, como realmente é e contemplar a luz do sol. Se ele voltasse à caverna e contasse aos demais prisioneiros sobre o que vira, poderia ser considerado um louco ou até ser morto. Essa alegoria filosófica procura mostrar que uma determinada maneira de pensar sobre algo durante a vida, pode sofrer mudança através do aprendizado de novas ideias ou conceitos. Platão quis com essa metáfora homenagear Sócrates, seu preceptor, que foi condenado à morte por trazer novas ideias às pessoas. A alegoria enfoca a visão de mundo do ignorante – o acorrentado - e daquele que consegue encontrar a verdade – o prisioneiro que saiu da caverna e se deparou com a nova realidade. A lição disso, é que precisamos sair da escravidão da inconsciência para a luz (o sol é um simbolismo da metáfora) da consciência ou da verdade. Com o tempo se aprende, também, que nem tudo aquilo que parece ser, realmente é, como enxergamos no mundo real. “Sair da caverna”, portanto, significa não aceitar ideias prontas, ideologias, dogmas, extremismos, preconceitos ... “Permanecer na caverna”, por outro lado, significa não refletir, acomodar-se, recusar-se a conhecer o “novo”, abraçar a comodidade e viver na ignorância. Questionamentos e reflexões sobre política, justiça, ética, governo, cidadania, liberdade, dentre outros, são importantes ou tudo está perfeito na sociedade contemporânea? Sair da zona de conforto é o primeiro passo para “deixar a caverna” na busca de mudança pessoal interior e do mundo exterior. Raul Seixas, com sua genialidade, reforçou essa alegoria platônica, quando compôs: “... que é melhor ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.
(*) Adelmo Pinho é promotor de Justiça do Tribunal do Júri em Araçatuba/SP. Este articulista escreve periodicamente para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS. E-mail: adelmopinho@terra.com.br
Adelmo Pinho (*)
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