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ARTIGOS

04/04/2023

Música Sertaneja: Tonico & Tinoco

Imagem/Reprodução
Detalhes Notícia

Amigo amante da música sertaneja hoje vamos conhecer um pouco da história da “Dupla Coração do Brasil” Tonico e Tinoco
Os irmãos João Salvador Perez (1917-1994) e José Salvador Perez (1920-2012), respectivamente Tonico e Tinoco, formaram uma das duplas sertanejas mais originais e importantes da história do nosso país. Os pais dos cantores eram a brasileira Maria do Carmo e o espanhol, recém-chegado ao país, Salvador Pérez. 
A paixão pela música foi uma herança dos avós maternos, Olegário e Isabel, que tinham como hábito alegrar a colônia ao som do acordeão. A primeira música que os irmãos aprenderam a tocar é simplesmente um dos maiores clássicos do sertanejo, a moda “Tristeza do Jeca”, no ano de 1925.

Primeiros passos na carreira
A dupla, que até hoje é reconhecida como uma das mais importantes do sertanejo raiz, viu a sua carreira começar a decolar em 1940. Nesse ano, a família Perez retornou ao campo, após uma mal sucedida tentativa de morar na cidade de Sorocaba.
Os irmãos foram convidados a se apresentar na emissora de rádio local aos domingos. Depois de algum tempo, se mudaram para São Paulo capital com a família e enfrentaram mais dificuldades.
Após vencerem um concurso de calouros, foram contratados para se apresentar na rádio Difusora por um bom salário. As apresentações na rádio fizeram com que a dupla se tornasse conhecida e passasse a ter uma agenda de shows.
Em 1944, gravaram seu primeiro disco pela Continental. Uma curiosidade é que o disco saiu apenas com o lado A porque os irmãos estouraram o microfone de gravação, devido à potência de suas vozes, quando foram gravar o lado B.

Chico Mineiro
Ao gravar a canção “Chico Mineiro”, a dupla se consolidou como um dos grandes sucessos do Brasil. Antes dessa música ser lançada, a gravadora cogitou dispensar os irmãos, pois os compradores dos seus discos diziam que não entendiam a pronúncia deles ao cantar. Contudo, com o grande sucesso que essa música fez, eles conseguiram manter seu contrato e comprar a primeira casa para a família.

Rádio e Circo
O final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, fez com que o número de rádios aumentasse consideravelmente. Tonico e Tinoco conquistaram seu espaço nessa mídia com o programa chamado “Da Beira da Tuia”.
Contudo, nesse período as apresentações dos irmãos estavam restritas aos circos. Financeiramente não era ruim porque havia um número expressivo de circos no Brasil naquele período.

Cinema
Em 1961, a dupla estreou no cinema no filme “Lá no meu Sertão”, de Eduardo Llorente. O filme era baseado na vida dos irmãos. Seguindo a sua carreira no cinema, em 1965, gravaram o longa “Obrigado a Matar”, também de Llorente. A inspiração foi a música “Chico Mineiro”. Em 1969, fizeram o filme “A Marca da Ferradura”, de Nelson Teixeira Mendes.
Também em 1969 voltaram a trabalhar com Llorente no filme de bang bang “Os Três Justiceiros”. Em 1972, filmaram “Luar do Sertão”, de Osvaldo de Oliveira. Como não conseguiam fiscalizar as exibições de seus filmes, foram passados para trás muitas vezes. Assim, desistiram da carreira de atores.

Teatro Municipal de São Paulo e novos rumos
Em 6 de junho de 1979, Tonico e Tinoco fizeram o que nenhum outro caipira sequer sonhou, se apresentaram no Teatro Municipal de São Paulo. Um público de 2.500 pessoas aplaudiu os afinadíssimos irmãos. Continuaram contratados pela Continental até 1982, emplacando diversos sucessos.
A partir desse ano, os irmãos decidiram investir em um estilo mais alegre de músicas. Mudaram-se para a gravadora Copacabana. Em 1983, estrearam o programa “Na Beira da Tuia”, na TV Bandeirantes. Voltaram a atuar no filme “A Marvada Carne”, de André Klotzel, em 1984, como convidados.

Carreira Final
Gravaram “Mãe Natureza” em 1989, nesse álbum Tonico já estava muito debilitado. Os irmãos gravaram seu último trabalho em 1994, ano em que Tonico faleceu. Com a força que recebeu dos fãs, Tinoco se manteve ativo na música até o seu falecimento em 2012.
A dupla sertaneja Tonico e Tinoco é considerada uma das mais importantes da história da música brasileira e até hoje tem uma legião de fãs. Foram 64 anos de carreira em que os cantores fizeram mais de 1.000 gravações em 83 discos. 
Amigos semana que vem tem mais sobre a nossa musica brasileira, grande abraço.

Luiz Henrique Pelícia (Caipirão) (*)



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