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ARTIGOS

28/02/2023

Escola e Educação são a própria vida

Sim, nosso país ainda precisa se reencontrar consigo mesmo com Políticas Públicas e engajamento de toda Sociedade Brasileira visando a superação de males históricos que afetam grande e significativa parte dos brasileiros. Precisamos de políticas públicas e engajamento de toda sociedade brasileira em defesa da Amazônia, dos Povos Indígenas, dos direitos das Mulheres, da Igualdade Racial, do Saneamento Básico, do desenvolvimento econômico sustentável e da erradicação da miséria e fome que vitimam milhões de compatriotas. 
O Brasil, de fato, precisa ir ao encontro dos brasileiros. Os representantes político-partidários que desejavam um Brasil que era contra a plenitude de direitos dos brasileiros foram derrotados nas urnas em um processo eleitoral totalmente transparente e democrático. Agora, com a consolidação da democracia, emerge um Brasil que caminha em favor de cada um dos brasileiros, de norte a sul, de leste a oeste. Das favelas das grandes cidades às aldeias dos povos indígenas, das indústrias do ABC aos campos do agronegócio no centro-oeste, dos trigais do sul ao agreste nordestino, há um Brasil que clama por justiça social e equidade. Não podemos admitir qualquer forma de descaso e de abandono por parte do Estado.  
Para construir um Brasil que zela e acolhe cada um dos brasileiros, há uma necessidade urgente em melhorar os sistemas educacionais. Somente por meio de grandes investimentos em Educação que poderemos ter a certeza de que nosso país trilhará de forma permanente e garantirá o Estado de Direito Democrático com Justiça Social. De cada um conforme suas possibilidades e para cada um de acordo às suas necessidades. 
O passo mais importante já foi dado: garantia da democracia. Estudantes e professores retornam às aulas em um país democrático e que zelará pelos direitos humanos. Em 2023, uma volta às aulas em um país que consolida e zela pela sua democracia. Uma escola com partido, sim, o partido da ciência, do conhecimento, da liberdade, do respeito e da solidariedade, das trilhas antirracistas, da construção de espaços escolares em que a diversidade brasileira seja respeitada. 
Nos últimos dias, três grandes notícias permeiam as páginas dos jornais e os noticiários de rádios e televisão no Brasil: o abandono criminoso dos povos indígenas ianomâmis, a falência das Lojas Americanas (cujos proprietários bilionários deram um calote bilionário do mercado de ações e em financiamentos de bancos públicos) e os desastres que ocorreram no Litoral Norte de São Paulo, tirando dezenas de vidas e desalojando milhares de pessoas de suas casas. Descasos com o país. A ausência de um Estado e de uma Sociedade proativas que não poderiam permitir que tais situações ocorressem da forma como aconteceram. Com liberdade de imprensa garantida, o equilíbrio entre os Três Poderes Constitucionais (Executivo, Legislativo e Judiciário) e nos três níveis de governo (Municipal, Estadual e Federal), a participação efetiva da sociedade civil organizada, são fatores que vão garantir a retomada ou a efetivação de Políticas Públicas com ética, transparência e eficácia em prol da imensa maioria do povo brasileiro. 
A volta às aulas em 2023, retornamos em um país que zela e continuará zelando pela Democracia. Aliás,  exatamente nos períodos democráticos da história brasileira que experimentamos os avanços nas Políticas Públicas, especialmente na Educação. Sem Educação Pública de Qualidade para todos e todas, correm-se riscos e torna frágil a democracia. Eis a grande tarefa, melhorar a qualidade da educação brasileira, em todos os níveis. 
Não há dúvida que houve significativos avanços na Educação Brasileira, notadamente a garantia de acesso à Educação Básica para a quase totalidade das crianças brasileiras. Entretanto, ainda há dificuldades quanto ao avanço da aprendizagem, pois ainda existem altas taxas de evasão e de retenção escolar, visto que muitas crianças precisam repetir o ano escolar ou abandonar os estudos para trabalhar. A título de comparação, um estudante europeu ou asiático que finaliza o Ensino  Fundamental (14 anos) desenvolveu habilidades e competências que os nossos estudantes brasileiros vão se apropriar adequadamente somente após a conclusão do Ensino Médio (18 anos).  
Necessário ressaltar e refirmar o entendimento consensual entre pesquisadores que a Educação não se limita nem pode se limitar à instrução ou à transmissão de conhecimento. Mas também as interações humanas, relações interpessoais, desenvolvimento do socioemocional, da autonomia e do senso crítico, potencializando sua capacidade intelectual e aprimorando habilidades e competências para toda a vida. 
Todos sabemos que a Educação acontece no Chão da Escola. Acontece especialmente na sala de aula, nas interações dos Professores e dos Estudantes. Há necessidade de ampliação e permanente melhorias nos espaços educacionais, como também nas carreiras do magistério e das demais atividades profissionais que atuam diretamente com os estudantes. 
O grande mestre Paulo Freire sempre afirmava que a escola sozinha não transforma a sociedade, mas a escola transforma as pessoas e essas transformam a sociedade. Fui inspirado, no entanto, a escrever o presente texto, em John Dewey, pedagogo e filósofo norte-americano, que foi convicta liderança nos bons combates pelo Direito de todos à Educação. Dewey dizia que a Educação e a Escola não são preparação para a vida. Escola e Educação são a própria vida.

(*) João Luís dos Santos é Supervisor de Ensino na Diretoria Regional de Ensino e Professor da Fundação Educacional de Penápolis.

João Luís dos Santos (*)



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