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ARTIGOS

18/02/2023

1984

Imagem/Arquivo Pessoal
Detalhes Notícia

“1984” é um romance de George Orwell, publicado em 1949, o mesmo autor de “A revolução dos bichos”. Eric Arthur Blair, usava o pseudônimo de “George Orwell”. Foi jornalista, escritor, político e cronista, nascido na Índia Britânica. Considerado um dos melhores cronistas da cultura inglesa do século XX, “1984” é uma de suas marcantes obras literárias. Esse livro de ficção abordou temas importantes, como: totalitarismo, comunismo, política, dentre outros. O romance trouxe à tona a distopia – lugar imaginário em que se vive sob extrema opressão. Em “1984”, o mundo era governado pelo “Grande Irmão”, que se utilizava de uma polícia de repressão ao pensamento, punindo com tortura ou morte quem divergisse das ideias do partido, que estava no poder. A vigilância do governo sobre os cidadãos era total e a liberdade foi aniquilada. O principal personagem do romance tem a função de reescrever textos verdadeiros e falsear a verdade, tudo para transmitir uma boa imagem do governo ao povo (atual fake news). Criou-se no romance a chamada “novilíngua”, uma nova forma de fala imposta pelo governo que eliminava palavras, as quais não poderiam ser mais pensadas ou ditas. Os livros eram produzidos por máquinas - em regra, pornográficos, já que o governo não admitia mais que escritores e pensadores editassem, para não contrariar a ideologia do sistema autocrático imposto. Com isso, o governo, em “1984”, acabou não só com a liberdade de pensamento e de expressão, como também “matou” a cultura, a filosofia e a literatura. “1984” é uma obra atemporal, ou seja, nunca deixará de ser atual e sempre servirá para a reflexão. Orwell foi um visionário. Pensemos: o que pode acontecer com o mundo no futuro? Qual o limite da intervenção e controle do estado na vida do cidadão? Num estado de regime democrático, em que o poder tem a sua origem no povo, como este deve agir, se aquele se tornar opressor? A novilíngua pode estar presente, ainda que mascarada, em nossa sociedade atual? Um estado pode se apresentar formalmente como democrático, mas ter essência autoritária? Um governo, para manter a sua ideologia, pode suprimir liberdades individuais? Como evitar a hipertrofia voluntária de um poder? Quais os sinais indicadores desses fenômenos? “1984”, ficção, profecia ou realidade?

(*) Adelmo Pinho é promotor de Justiça do Tribunal do Júri em Araçatuba/SP. Este articulista escreve quinzenalmente para o jornal DIÁRIO DE PENÁPOLIS. E-mail: adelmopinho@terra.com.br

Adelmo Pinho (*)



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